O Grande Hue (ilustra)
Ola meu povo lindo
Lhes trago hoje a minha primeira ilustração digital em que fiquei realmente feliz com o resultado.
É a ilustração que fiz para a fic que um amigo está escrevendo.
Demorei cerca de uma hora de pra fazer, no corel photo paint x6 (meu note tá velhinho e não suporta mais o photoshop)
segue agora o primeiro capitulo da história para vocês se deliciarem (e sim, um dos personagens foi feito com base em minha pessoa)
O Grande HUE
Juhmillia já estava a pelo menos dois dias dentro daquele complexo de cavernas, não iria desistir até ter explorado cada reduto possível, afinal de contas ela não poderia deixar de lado uma pista tão importante, mas quantas outras pistas pareciam tão importantes e não levaram a lugar algum? No entanto ali era promissor, aquelas cavernas não estavam em nenhum dos mapas modernos, nenhuma cartografia, nada. Ela encontrou uma vaga referência a ela na biblioteca da capital em um livro que mais parecia ter saído do lixo, mas não era qualquer livro, havia tikasia nele. Ela não sabia ler e o único que poderia ler o idioma dos deuses estava a léguas de distância, então resolveu ir por conta própria investigar. Todos os sinais eram bons, ruínas em volta da entrada da caverna, escritos em tikasia por todo o lugar, não era mais uma pista que não levaria a lugar algum, pelo menos este lugar ela havia redescoberto.
O ar quente e abafado da caverna começava a incomodar. Quanto mais fundo mais denso o ar ficava, já era difícil até de respirar sem sentir o incômodo. As poções para a percepção de perigo já estavam ficando mais fracas visto que o local estava repleto de magia antiga, no entanto, houve uma reação adversa. Era ali onde ela deveria chegar. Seguiu em frente, e se deparou com um beco sem saída, uma parede. Não estava certo, suas poções nunca haviam errado. O ar estava ficando mais pesado e mais denso, ela não conseguia pensar direito. Resolveu encostar-se na parede e assim que encostou na parede ao fundo ela caiu, como se fosse um pedaço de árvore que um lenhador acabou de cortar, caiu dura, feito uma jaca no chão.
– Ah excremento de diabrete! Como eu não percebi que era uma ilusão? – Disse ela enquanto limpava os olhos
O local estava iluminado. Era magia. Aquela salinha minúscula estava completamente afundada em magia. Assim que deu uma olhada ao redor sorriu. Com os dentes ainda sujos de terra ela sorria. Ali estava o que ela procurava.
[…]
Há muito tempo eu não vejo ninguém. A vida me trouxe a paz que eu tanto almejei mas não sabia que iria querer tanto aquele frenesi de anos atrás. Viver no interior foi talvez uma das minhas ideias mais brilhantes e ao mesmo tempo mais imbecis. Há muito tempo não tenho a notícia de ninguém, tudo está muito parado e o que me resta é ficar pensando comigo mesmo enquanto a vida continua. Espera um pouco, tem alguém me chamando?
– Diorkae!
Me dirigi à porta. As batidas que antes eram quase imperceptíveis agora estavam mais frenéticas, alguém precisava falar muito comigo.
– Já vou, já vou!
Para a minha surpresa, assim que abri a porta fui recebido com um grande sorriso:
– Juhmillia! – disse com um sorriso ao ver uma amiga de tão longa data.
– Diorkae! Quanto tempo?
– Não me fale de tempo. Estava pensando nisto agora mesmo. Vamos, entre!
Enquanto nos acomodávamos indaguei-a:
– Mas o que devo a honra de tão agradável visita?
– Não posso mais querer saber notícias do meu velho amigo? – Disse ela com um ar de ofendida.
– Claro que pode! Mas é porque assim, tão de repente, não tenho nem um vinho de mel para te oferecer.
– Não se preocupe com isto. Sei que não é por mal. No entanto, não foi apenas para te visitar que eu vim aqui.
– Pois sim, diga.
– Eu encontrei. – disse ela com a voz alegre.
– Encontrou…
– É! Eu encontrei!
– Tá, já sei que você encontrou, mas encontrou o que mulher?
– Eu encontrei um pergaminho que vai nos levar até o…
– Não! Não é possível! – disse com a voz pasma.
– Sim, é completamente possível. Estava lá, perdido no meio do reino, largado em um complexo de cavernas. No entanto, eu não consigo decifrá-lo. Está escrito em tikasia.
– Não será um problema para mim. No entanto, ele é verídico?
– Bem, é o que eu também vim investigar. Tudo indica que sim. Não aparenta ser um embuste que colocaram em um lugar aleatório, todo o complexo estava repleto de magia antiga e haviam ruinas em volta deles.
– Sim, talvez você esteja certa. Mas vamos averiguar, com a sua perícia em alquimia e a minha magia não tem como falhar.
Juhmillia então me pediu para pegar uma bacia de prata enquanto ela selecionava os ingredientes certos. Abri o pergaminho, com certeza havia magia ali, as palavras estavam completamente misturadas a não ser por uma ou outra palavra em tikasia, e com certeza havia algo por trás da pintura original. Assim que tudo estava pronto colocamos sobre a mesa na cozinha, ela aproximou o rosto e despejou os ingredientes cuidadosamente, um pouco a mais estragaria o pergaminho e o destruiria, um pouco a menos e a magia não adiantaria e coletar novamente os ingredientes seria quase impossível. Assim que ela pingou a última gota de essência de Erva-de-Nomotia os ingredientes reagiram. O pergaminho que estava embebido na mistura começou a descascar.
– Falos! Não é possível! Eu errei na mistura! – gritou Juhmillia.
Então olhei mais de perto, o que estava acontecendo era a magia se revelando. O pergaminho começou a descascar e por trás da pintura “original” havia de fato o que estava contido nele. Era um mapa. Juhmillia me olhou espantada, me deu um abraço enquanto pulava:
– Finalmente! Encontrei! Eu encontrei!
E ali, se iniciava a nossa aventura em busca do grande HUE.